quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Fabiola Werlang - Diabólicas

Fabiola Werlang é escritora e no livro Diabólicas, ela teve a sua participação com o conto Grimhilde e Lenora

Vamos descobrir de que vilã é essa história e se essa é ou não a sua primeira publicação na editora Cartola (além de outras curiosidades). ☺️



É a sua primeira publicação na editora Cartola?

Sim, é meu primeiro trabalho com a Cartola.

 

Já ganhou outros concursos?

Concursos exatamente não, mas tenho textos em inglês que foram publicados por revistas literárias:

Aggression is Expression, na 3Elements Literary Review;

In Rags, na Spank the Carp.

E também sou co-autora de dois livros ilustrados:

Moscas e outras memórias, publicado pela Aletria;

A menina que organizava, que saiu pela Peirópolis.

 

Quando começou a escrever?

A primeira história que eu me lembro de ter escrito foi quando eu tinha uns 10 anos. Chamava-se "A banana que enfrentou o mundo". Hoje morando fora, fico pensando se foi uma espécie de autobiografia premonitória (🤣). Infelizmente, nas caixas de mudança da vida, esse valioso manuscrito perdeu-se para sempre.

 

Por que você escreve?

Porque me dá prazer. Porque eu desejo que, ao ler as minhas histórias, as pessoas tenham prazer também.

E se nesse processo eu conseguir despertar os leitores pra questões sociais ou políticas que até então eles não contemplavam, melhor ainda. Se o meu tijolinho contribuir pra construção de um mundo mais justo e inclusivo, melhor ainda.

 

E qual a sua real profissão?

Eu sou formada em Letras, então minha atuação profissional sempre teve a ver com palavras, desde professora de inglês até escritora, passando por tradutora, editora e revisora.

 

Já escreveu um casal romântico? Se sim: Qual foi o primeiro?

Não. Relações românticas são o tema que menos me interessa, a não ser que haja algum componente mais interessante – uma relação gay, por exemplo.

 

Qual seu tamanho preferido de escrita (um conto, um romance, uma série...)?

O que sai com mais facilidade é o conto.

 

Qual gênero literário mais gosta de escrever?

Novamente, o que sai com mais facilidade é o conto.

 

E qual mais gosta de ler?

Contos e romances contemporâneos; não ficção de humor, como os trabalhos do David Sedaris.

 

Você escuta algo enquanto está escrevendo ou prefere o silêncio?

Prefiro o silêncio.

 

Quais são as suas inspirações? Você tem uma musa?

Dentre autores de contos, gosto bastante da Lucia Berlin, da Nadine Gordimer e do Raymond Carver.

Em romances, Zadie Smith e Meg Wolitzer têm um estilo que eu aprecio (e invejo) muito.

Eu também cresci lendo a coleção Para gostar de ler, que me pôs em contato logo cedo com contos e crônicas de nomes como Drummond, Fernando Sabino, Rubem Braga. São histórias que têm uma prosa deliciosa, uma objetividade bem-humorada, um olhar aguçado pra observar o cotidiano. Tudo isso são elementos que eu tento trazer pra minha escrita.

 

Você tem algum macete de escrita?

Não. 

 

Qual software ou app você utiliza para escrever?

O bom e velho Word. (Velho, sem dúvida. Bom? Há controvérsias.)

 

Pra você, qual a parte mais fácil numa história pra se escrever?

Eu adoro escrever diálogos.

Acho que no português há uma grande distância entre as línguas falada e escrita. É muito fácil um diálogo soar pouco orgânico se o autor quiser se ater estritamente às regras gramaticais.

Eu gosto desse exercício de equilibrar gramática e coloquialidade, respeitando as normas da língua, mas sem medo de quebrá-las pelo bem da narrativa e pela autenticidade dos personagens.

 

E qual você acha mais difícil?

Tenho dificuldade em escrever cenas sérias, dramáticas.

A linha entre o profundo e o brega é tênue, e é muito fácil descambar pro brega.

Minha tentação é sempre inserir um elemento cômico no meio de algo sério, pra não deixar as coisas sisudas demais.

 

Qual tipo de personagem você mais gosta de escrever?

Minhas protagonistas geralmente são mulheres às voltas com alguma questão que mistura conflitos pessoais e expectativas da sociedade.

 

Contou a história de qual vilã no livro?

Eu imaginei uma origem pra Rainha Má, a madrasta da Branca de Neve.

Me surpreendi ao descobrir que o nome dela é Grimhilde. Na versão diluída da Disney, até onde me lembro, esse nome se perdeu.

 

E como você acha que as pessoas irão se sentir com o seu conto?

Entretidas, eu espero. Surpresas, talvez? 

Adoraria ouvir as impressões dos leitores. 

A beleza é algo ainda muito valorizado, e fico pensando se alguma leitora se identificaria com a Grimhilde. 

 

Já tinha escrito alguma fanfic antes?

Não.

 

Quais são seus principais hábitos de escrita?

Procuro escrever entre o final da manhã e o início da tarde, quando a cabeça está mais fresca.

Quando eu viajo, fica difícil manter a rotina. Mas levo junto um caderno e uma caneta e tento escrever um pouquinho todo dia, nem que seja uma descrição do que eu fiz, do que vi, alguma coisa interessante, engraçada ou dramática que tenha acontecido.

 

Você se definiria como um escritor ou para você a escrita é só um hobby?

Me defino como escritora.

Meu hobby é tocar ukelele.

A escrita toma um espaço bem maior, consome e também gera muito mais energia na minha vida.

 

Qual seu formato preferido de livro: brochura, capa dura, ebook...?

Não tenho preferência, depende do livro.

Mas, apesar de não me opor aos ebooks, continuo preferindo livros impressos.

O leitor de ebooks é uma boa opção pra uma viagem longa, por exemplo, já que dá pra levar quantos livros a gente quiser sem precisar carregar peso.

Mas no dia a dia o livro em papel continua imbatível pra mim.

 

Defina a sua escrita (faça uma avaliação). Se você tivesse que deixar uma avaliação sobre a sua escrita num site de resenhas, como um cliente seu, para que outras pessoas possam saber como é escrita desse autor (no caso, sua escrita), como você avaliaria?

Leve e com toques de humor, buscando sempre clareza e fluidez.

 

Existe mais alguma coisa que gostaria de dizer aos leitores?

Os contos de fadas são uma parte gigante do imaginário coletivo, sobretudo o ocidental. A maioria de nós conhece as versões disneyficadas das histórias, mas acho importante ler os originais também.

Uma antologia como a Diabólicas nos permite mergulhar ainda mais nessas personagens, reinventando trajetórias e reimaginando relações. É um tema riquíssimo.

E editoras como a Cartola têm um papel fundamental pra manter a salubridade e a diversidade do mercado editorial. É importante apoiar editoras independentes, pra que não só as grandonas tenham espaço.




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Um comentário:

  1. Estou muito curiosa! Grimhilde parece um nome perfeito pra essa personagem "intensa".

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